segunda-feira, 21 de junho de 2010

ECOS DA SESSÃO DO NOBRE SENADO E 8.º ANIVERSÁRIO

ECOS DA SESSÃO DO NOBRE SENADO E DO 8.º ANIVERSÁRIO NA IMPRENSA REGIONAL




sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Mês de Junho no Rifoneiro Popular

A sardinha de S. João unta o pão
Água pelo S. João tira azeite e vinho e não dá pão
Ande onde andar o Verão, há-de vir no S. João
Até ao S. João, sempre de gabão; e do S. João em diante gabão sempre
Até S. Pedro tem o vinho medo
Dia de S. António, vêm dormir as castanhas ao castanheiro
Dia de S. Barnabé, seca-se a palha pelo pé
Dia de S. Pedro vê teu olivedo e se vires um grão espera por cento
Dia de S. Pedro tapa rego
Em Junho foicinha em punho
Feno, ou alto ou baixo, em Junho é cegado
Junho calmoso, ano formoso
Junho floreiro paraíso verdadeiro
De S. João a S. Pedro…

Donde vindes São João
De manhã tão molhadinho?
Venho de saltar fogueiras
E de apanhar rosmaninho.

No ar há alegria!
A pequenada busca nos pinhais vizinhos do povoado o rosmaninho que trará muita animação às ruas da aldeia, nesta noite festiva e especial.
Festa do fogo no paganismo, através da qual os povos primitivos celebravam com enormes fogueiras a passagem do solstício de Verão, o cristianismo transformou-a em festa religiosa honrando S. João Baptista. No entanto, o elemento pagão ainda hoje permanece vivo nas tradições populares com as fogueiras de S. João.
Nos campos espetam-se, ao início da noite, ramos de codeço ou hastes de castanheiro para afugentar as bruxas, para livrar o milho das “bichas” ou para abençoar e fazer produzir as colheitas desse ano.

Duas noites há no ano,
Que alegram o coração:
É a noite de Natal
E a noite de S. João.

Noite serrada, acendem-se fogueiras, queimam-se rosmaninhos e a alegria estende-se e contagia a alma e os corações de toda a gente. Esquecem-se tristezas, desgraças, preocupações e tantas outras agruras do dia-a-dia. Os mais audazes saltam por sobre o fumo intenso e perfumado que o rosmaninho verde provoca para “tirarem a ronha”, que é como quem diz, para se purificarem e exorcizarem de todos os males. E cantam; e dançam; numa alegria total e contagiante.
Pelas ruas da aldeia, ouvem-se bandos de mulheres com suas vozes romanceadas a cantar:

De S. João a S. Pedro
Quatro, cinco dias são;
Ala, ala S. João ala, ala.
Este tempo é que nos regala.

Regala-me o teu cantar
O teu cantar me regala;
Ala, ala S. João ala, ala
Este tempo é que nos regala.

É a noite de S. João!
O mártir que baptizou Jesus nas águas do Jordão e que terminou a sua vida de profeta decapitado, por um acto de vingança de Herodíade, segunda mulher de Herodes Antipas, que induziu Salomé, sua filha, a pedir a cabeça de João durante uma festa de anos do seu padrasto, transforma-se na noite de 23 para 24 de Junho em Santo casamenteiro, em Santo protector dos namorados, em Santo travesso e brincalhão:

S. João é milagroso,
É Santo casamenteiro;
Vamos hoje à sua festa
A ver quem casa primeiro.

S João e mais S. Pedro,
Foram ambos ao pagode:
S. João acendeu lume,
E queimou o seu bigode.

Nesta noite que o povo simples e ingénuo continua a conotar com o amor, com a paixão, com os problemas do coração, as moças casadoiras, ansiosas por encontrar os seus bem amados, buscam as suas sortes amorosas por meio de “sortes” e mezinhas, apelando a S. João que interceda por elas. A “sorte” dos ovos é, talvez, a mais utilizada: na noite de S. João, mais precisamente à meia-noite, parte-se, cuidadosamente, um ovo de galinha e lança-se num copo cheio de água que se deixa ao relento. No dia seguinte, conforme o desenho da clara na água assim será a profissão do futuro namorado. Há jovens que ao procederem a este ritual dizem:

S. João, de Deus amado
S. João, de Deus querido
Dai-me a minha boa sorte
Neste copinho de vidro.

Outras procuram a sua sorte colocando-se à meia-noite em frente a um espelho, acendendo uma vela e descobrindo, à medida que na torre da igreja dão as doze badaladas, que rosto se irá reflectir no espelho pois, crêem, esse será o do seu amado. A folha da oliveira também prognostica amores, por isso há quem tente a sua sorte com três folhinhas de oliveira. Estas, depois de a moça dar um nome a cada uma delas, são lançadas ao lume dizendo-se:

Ó meu S. João, de Deus,
Ouvi-me que eu sou solteira;
Destinai o meu marido
Nestas folhas de oliveira.

A primeira folha que estalar dirá qual o nome do futuro marido. Mas não confiantes nestas sortes, ainda apelam, como quem reza, ao santinho:

Em louvor de S. João,
A ver se o meu amor
Me quer bem ou não!

Noite dentro, a festa continua. Desta vez quem impera são os rapazes. Revestindo-se de todas as artimanhas possíveis e imaginárias, roubam aos menos cautelosos vasos de flores, utensílios agrícolas, enfim, tudo o que lhes vier à mão. Geralmente, os vasos vão embelezar os degraus da igreja, o velho chafariz de granito ou a fonte medieval no centro da aldeia, enquanto os utensílios agrícolas são espalhados pelos locais mais improváveis, obrigando os donos a calcorrear, furiosamente, todos os caminhos da aldeia em busca do que é seu. Enfim, são as marcas de S. João para gáudio de uns e desespero de tantos!
É dia de S. João!
O orvalho da manhã é bendito por todos. Neste dia, e só nele, se atribuem poderes curativos e divinatórios à água. De novo o sagrado e o profano de mãos dadas.

São João é muito rico,
Tem cascatas carvalheiras,
Tem cravos e manjericos,
Orvalhadas e fogueiras.

O cheiro a rosmaninho ainda percorre a aldeia. Ainda há, aqui e ali, vestígios de uma festa que durou quase até ao amanhecer, trazendo nostalgia aos mais velhos e brincadeira, esperança e muita alegria aos mais jovens.


Maria Odete Madeira

_______________________________

Bibliografia:

. Lima, Fernando de Castro Pires de, S. João na Alma do Povo, Portucalense Editora, Porto, 1944;
. Dicionário da Bíblia e do Cristianismo, Vol. 28, Edição Correio da Manhã


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sessão do Nobre Senado e 8.º Aniversário

SESSÃO DO NOBRE SENADO

No passado dia 29 de Maio, decorreu, no restaurante Santa Luzia, a sessão do Nobre Senado, precedido por um excelente jantar que mais de 92 confrades tiveram o prazer de degustar.
Neste mesmo dia, a Confraria de Saberes e Sabores da Beira, “Grão Vasco” comemorou o seu 8.º Aniversário.
Em representação da Câmara Municipal de Viseu, esteve presente o Sr. Vereador Guilherme de Almeida que, no uso da palavra, teceu inúmeros elogios ao trabalho desenvolvido pela Confraria, salientando o sector gastronómico e o VI Capítulo Geral de Entronização que decorreu em Março no Rio de Janeiro.
O Almoxarife, Prof. José Ernesto, agradeceu as palavras do Sr. Vereador e, de acordo com o Plano de Actividades, referiu que esta Confraria está a projectar um novo evento além fronteiras. Salientou, também, que dado o êxito que o Festival do Caldo sempre alcançou e que, por razões várias, não se pôde realizar no ano transacto, a Confraria está empenhada em o reeditar já este ano.
A abrilhantar este evento, esteve a Tuna da Confraria, Sabores da Música, que a todos deliciou com os seus cantares.

Aqui fica, também, a nova lista dos Corpos Sociais da Confraria.

NOVOS CORPOS SOCIAIS DA CONFRARIA


MESA DO NOBRE SENADO

GRÃO-MESTRE – António Lopes Pires
ESCRIVÃO-MOR – Joaquim António Ferreira Seixas
ESCUDEIRO – José António Ruas G. Carvalho

ALMOXARIFADO

ALMOXARIFE – José Ernesto Pereira da Silva
ARAUTO – António Carlos Lopes Coelho da Silva
CHANCELER-MOR – António Manuel Pereira Miranda Meneses
CONTADOR-MOR – Marina Barreiros de Oliveira
VOGAL – José Manuel C. Carvalho
VOGAL – Ana Emília Lopes de Almeida

CONFERENTE

CONFERENTE-MOR – António Botelho Pinto
CONFERENTE-ADJUNTO – José Lopes Coelho
CONFERENTE-ADJUNTO – António Jorge Chaves de Albuquerque Assunção

CONSELHO DE COUTEIROS


ACTIVIDADE EDITORIAL – José Marques Albuquerque
Adelino José Ferreira Monteiro

RELAÇÕES INTRA-CONFRARIAS – Maria dos Anjos Cunha Saraiva
Ricardo Silva Jorge

IMAGEM E COMUNICAÇÃO – Eduardo dos Santos Pinto
Cláudia Isabel da Costa Bento

RELAÇÕES INSTITUCIONAIS – Maria de Lurdes Pires B. de Almeida Cesário
Venceslina Maria C.A. Costa e Santos

ACTIVIDADES ESPECIAIS/INTERNACIONAIS – José de Almeida Cesário
António de Almeida Cardão
José Helder do Amaral
Carlos Alberto M. de Paiva

CONSELHO GASTRONÓMICO

MEIRINHO GASTRONÓMICO – Paula Maria Ferreira D.C. Teixeira
CHANCELER – Maria Odete Nunes Madeira
CONTADOR – Armanda Monteiro Nunes Barros

CONSELHO ENÓFILO

MEIRINHO ENÓFILO – João Paulo Lopes Gouveia
CHANCELER – João António Garcia Mendes
CONTADOR – Isaías Gomes Pinto

CONSELHO DE ARTES E TRADIÇÕES

CHANTRE – Justino da Silva de Almeida
CHANCELER – Catarina Maria Nunes de Barros
Contador – João Pais Lopes Domingos

Registo dos principais momentos do Capítulo


Pormenor da Mesa da Sessão do Nobre Senado: Dr. Seixas, Comandante Ruas e Dr. Ricardo

Pormenor da Sessão do Nobre Senado

Mesa do Nobre Senado com Comandante Ruas, Dr. Ricardo e Prof. José Ernesto

Mesa do Almoxarife

O Vereador Guilherme de Almeida no uso da palavra

A Tuna Sabores da Música abrilhantando o jantar

O bolo do 8.º Aniversário

Na hora de apagar a vela